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Como operacionalizar o atendimento de pacientes indígenas vítimas de acidentes ofídicos nas comunidades indígenas remotas da Amazônia Brasileira?

Ano de publicação: 2022

Os antivenenos são o único tratamento eficaz contra os efeitos de picadas de cobras venenosas e sua aplicação imediata é crucial para evitar complicações, sequelas e morte(1). Desse modo, enquanto não ocorre a descentralização do tratamento antiveneno para unidades básicas de saúde indígena mais próximos das populacionais indígenas, os profissionais de saúde devem realizar os cuidados possíveis nas comunidades e providenciar remoção imediata em busca de tratamento de saúde adequado no contexto urbano(2).

Seguir o fluxo no sistema de saúde:

a) Na comunidade indígena, limpeza do ferimento e oferta de analgésicos; b) No Pólo-Base assistencial, monitoramento de sinais vitais do paciente e operacionalização da transferência imediata para administração do antiveneno no hospital mais próximo; c) No hospital, administração do antiveneno e monitoramento da evolução do tratamento; d) Se houver indícios de complicações como síndrome compartimental, referenciar para avaliação pelo cirurgião no hospital terciário. Quando necessário, será realizada fasciotomia; e) Articulação com os profissionais da Casa de Saúde Indígena (CASAI) o retorno às consultas ambulatoriais e a contrarreferência com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de origem. As picadas de cobra são mais frequentes na Amazônia Brasileira do que em outras partes do Brasil, representando um alto custo para o sistema de saúde, já que os antivenenos só estão disponíveis mediante prescrição médica de hospitais localizados na zona urbana dos municípios(3).

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