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Como orientar os cuidadores de pacientes acamados na prevenção de úlceras de decúbito?

Ano de publicação: 2022

A orientação aos cuidadores de pacientes acamados na prevenção de úlceras decúbitas (UD) deve envolver a descrição dessas úlceras, sua formação e formas de prevenir, para que o cuidador entenda a racionalidade de cada ação preventiva e possa então adaptar à sua realidade, conforme as necessidades do indivíduo em risco(1-3). Os pilares para prevenção de UD envolvem(1-3): · Avaliação frequente: identificar e avaliar diariamente indivíduos de risco para programar medidas de prevenção; avaliar diariamente a integridade da pele da cabeça aos pés (cor, textura, humidade), principalmente as áreas do corpo com maior risco de UD, como as proeminências ósseas (cotovelo, cóccix, etc.); · Higiene otimizada: prover e garantir a integridade da pele, evitando os fatores irritantes, especialmente as incontinências (trocar fraldas cada vez que urinar e evacuar) – manter a pele limpa, seca e hidratada; banho diário com água morna e sabonete neutro; lavar e secar a pele sem esfregar; aplicar creme hidratante por toda superfície corporal; não usar soluções alcoólicas ou colônias; · Alimentação adequada: estimular a ingestão de alimentos e líquidos de acordo com as recomendações nutricionais para cada indivíduo, evitando desnutrição e obesidade; oferecer e disponibilizar alimentos naturais e frescos; garantir a ingestão de proteínas; oferecer de 1,5 a 2 litros de líquidos ao dia incluindo água, sucos e chás; · Proteção da pele contra os efeitos da pressão, fricção e cisalhamento: estar atento ao correto posicionamento do corpo, nas diferentes posições e decúbitos; mudar a posição de 2 em 2 horas e colocar sobre superfície (cama ou cadeira) suportes específicos como travesseiros, almofadas que redistribuam a pressão do corpo sobre as áreas de maior risco, como as proeminências ósseas; não arrastar a pessoa sem levar em conta a tensão do movimento, a fricção e o cisalhamento; observar as alterações da umidade e temperatura entre a pele e o colchão; evitar exposição à umidade, fricção ou deslizamento; usar roupas de cama sem rugas e preferencialmente de algodão; não arrastar o idoso para baixo ou para cima sem as medidas protetivas; evitar elevar a cabeceira mais de 30º; providenciar colchões especiais ou colchonetes para pacientes de risco, tipo caixa de ovos para os de baixo risco e dinâmicos que insuflam e desinsuflam ar para os de maior risco; providenciar almofadas e apoios como suporte nos decúbitos laterais; não usar almofadas com furos centrais pois predispõem à isquemia ou falta de circulação de sangue

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