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Qual a diferença entre meningite bacteriana e viral? Qual a gravidade e sequelas?

Ano de publicação: 2022

A meningite viral é a forma mais comum e mais leve da doença e frequentemente acomete crianças pequenas e bebês, especialmente no primeiro ano de vida. A melhora costuma ser espontânea, em algumas semanas, sem necessidade de tratamento específico. Por outro lado, a bacteriana é muito grave e deve ser tratada como uma emergência médica. Se não tratada, pode danificar seriamente o cérebro e causar infecção generalizada, levando à morte. O tratamento é realizado com antibióticos por via venosa e monitoramento hospitalar(1,3). As complicações/gravidade incluem convulsões, presentes em 20% das crianças com meningite meningocócica. Nos casos de meningococcemia, o estado de coma pode sobrevir em algumas horas, com elevadas taxas de letalidade, geralmente acima de 40%, sendo a grande maioria dos óbitos nas primeiras 48 horas do início dos sintomas(1,3). As sequelas podem variar de gravidade de pessoa para pessoa, e podem ser temporárias ou permanentes. Em geral, quanto mais grave a infecção, maior a chance de complicações. Perda da audição e visão, problemas com memória, concentração, coordenação motora, equilíbrio, aprendizado e fala, epilepsia e paralisia cerebral são possíveis complicações da meningite(4).

Os sintomas são os mesmos tanto para a bacteriana quanto a viral:

febre, dor de cabeça e rigidez de nuca.

Outros sintomas também podem ocorrer:

mal-estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz), status mental alterado (confusão). Com o passar do tempo, sintomas mais graves como convulsões, delírio, tremores e coma podem aparecer. Em recém-nascidos e bebês, esses sintomas podem ser ausentes ou difíceis de serem percebidos. O bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letárgico ou não responder a estímulos e/ou apresentar fontanela (moleira) tensa ou elevadas e reflexos anormais(3).

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