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Qual a definição de urgência em saúde mental para atendimento na Atenção Primária na Saúde?

Ano de publicação: 2022

Segundo o Ministério da Saúde(1) as urgências em saúde mental podem ser consideradas, no contexto da Atenção Primária em Saúde (APS), como situações de crise. No geral, os vários tipos de crise têm como expressões mais comuns o alvoroço, desorganização, confusão, comportamento violento, insegurança, tristeza, apatia, medo, dentre outros. Ou seja, independentemente do tipo, a crise é caracterizada por intenso sofrimento vivenciado pelo usuário diante do seu conflito(1). No entanto, para fins didáticos podemos delinear dois tipos de crises. A primeira trata-se de situações relacionadas ao sofrimento mental comum, caracterizado por sintomas mais “leves” que estão associados a conflitos/quebras relacionais, como por exemplo, brigas familiares e/ou conjugais, casos de violência psicológica/sexual, perda de familiares (luto), perda de emprego etc(1,2). O segundo tipo de crise refere-se aos quadros de crises psiquiátricas (urgências e emergências psiquiátricas), ou seja, os casos em que os sintomas podem ser considerados mais graves e/ou persistentes, com potencial para evolução catastrófica, no qual abordagens anteriores foram insuficientes ou ausentes, requerendo atendimento especializado, com contraindicação de postergação dessa assistência(3,4). Alguns exemplos desses quadros (urgências e emergências psiquiátricas) para atendimento. -Agitação/agressividade. -Transtornos ansiosos/conversão/somatização. -Ideação/tentativa de suicídio. -Transtornos relacionados ao uso de álcool e outras substâncias. -Distúrbios amnésicos. -Reação aguda ao estresse e estresse pós-traumático. -Doenças clínicas que levam a alterações de comportamento. -Quadros psiquiátricos que cursam com doenças clínicas associadas. -Quadros psiquiátricos graves (p.ex. crises paranoides ou psicóticas associadas a esquizofrenia)(3,4).

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