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Qual tratamento das lesões que acometem o manguito rotador?

Ano de publicação: 2022

Tratamento conservador é indicado nas tendinopatias, roturas parciais e nas roturas totais completas em pacientes com baixa demanda funcional ou sem condições clínicas para cirurgia. No caso do insucesso deve-se indicar o tratamento cirúrgico. Tratamento conservador 1)Retirar os fatores de risco causadores da rotura (evitar esforço com o membro superior elevado): Substituição de atividades que utilizem o membro superior acima de 90°, suspensão das atividades repetitivas, uso de gelo (fase aguda) e calor (após a fase aguda) e métodos fisioterapêuticos de calor (ultrassom, laser, ondas curtas, etc.) são indicados. A acupuntura pode auxiliar no alívio imediato da dor, mas o retorno do quadro álgico se dá tão logo seja descontinuada, caso não seja acompanhada de outros métodos de reequilíbrio muscular 2)Analgesia e medidas anti-inflamatórias: uso de analgésicos simples ou opioides; utilização de anti-inflamatório não esteroide; uso de anti-inflamatórios por via sistêmica (intramuscular); fisioterapia; e acupuntura 3)Restabelecimento da amplitude de movimentos articulares (exercícios ativos e passivos). Alongamento capsular. Sabe-se que a retração capsular, mesmo em pequenas proporções, produz aumento do impacto entre o tubérculo maior e o acrômio anterior, pela alteração das forças que elevam o membro superior. O retorno da mobilidade passiva e ativa completa, com elevação de 180°, rotação externa de 90° e rotação interna ao nível de T8, determina, per se, alívio dos sintomas dolorosos 4) Fortalecimento do Manguito Rotador (MR) para restaurar o mecanismo depressor da cabeça do úmero (exercícios isométricos, isotônicos e de coordenação motora).

Reforço muscular:

Exercícios isométricos e de contra resistência de músculos que estão localizados abaixo do centro de rotação da articulação estão indicados após a obtenção de articulação indolor e com mobilidade articular completa. Esse grupo de músculos é formado por rotadores internos e externos e pela musculatura ao redor da escápula (serrátil anterior, romboides, levantador da escápula e grande dorsal). A biomecânica demonstra que o reforço desses grupos musculares possibilita que a cabeça do úmero se afaste dinamicamente do acrômio, aliviando o fenômeno de compressão. Um dos exercícios mais importantes para tal objetivo é o popular “serrote”, em que o paciente imita o ato de serrar, com peso de 2 a 4 kg na mão. Esse movimento faz com que a musculatura escapular trabalhe com melhor tonicidade, permitindo completa rotação da escápula no momento da elevação do membro superior, o que possibilita que o acrômio também se incline, diminuindo a maior parte do impacto com o tubérculo maior. O deltoide e todo o manguito rotador devem, também, secundariamente, ser reforçados. O tratamento conservador deve ser mantido por um período de no mínimo 3 meses, podendo ser prolongado na dependência da melhora clínica. Tratamento cirúrgico O tratamento cirúrgico é indicado nas lesões parciais (não-transfixantes) nos casos de insucesso do tratamento conservador, bem conduzido e por um período suficiente (geralmente de três a seis meses). O tratamento cirúrgico como primeira indicação para lesões completas (transfixantes), do supraespinal ou do subescapular, ou ainda aqueles com uma ruptura crônica, mas com disfunção recente do ombro, em indivíduos até 60 anos.

As lesões maciças podem ser definidas de duas maneiras:

aquelas que têm o diâmetro maior que 5cm ou aquelas com rupturas completas de dois ou mais tendões. As lesões maciças não significam, necessariamente, irreparabilidade também tem como primeira opção o tratamento cirúrgico.

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