BVS SMS

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Relatos de Experiência

Atenção a Crianças e Adolescentes Abrigados

Problema/Situação:

É no trabalho em rede, de forma colaborativa, multissetorial e integrada, que a Coordenadoria Regional de Saúde Sul (CRSS) tem se baseado para minimizar a condição de vulnerabilidade de crianças e adolescentes em serviços de acolhimento institucional e abreviar seu tempo de abrigamento.

Com o avanço das políticas direcionadas à infância e juventude, impulsionadas pela criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), novas configurações de trabalho articulado em prol da promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente têm sido estabelecidas. É o caso das audiências concentradas, nas quais a CRSS cumpre papel relevante nas situações em que o destino da criança ou adolescente abrigado é decidido pela Justiça.

Composta por cinco supervisões técnicas, a CRSS contabiliza em sua área de abrangência cerca de 480 crianças e adolescentes em situação de abrigamento. São pequenos paulistanos que tiveram algum de seus direitos violados ou estavam em situação de ameaça. Como medida protetiva, foram acolhidos. Longe de casa, o mínimo a ser ofertado a eles é irrestrito cuidado e atenção. Isso não significa, contudo, que o trabalho da CRSS se limite à assistência médica e promoção da saúde.


Objetivos/Resultado esperados:

A rede de atenção e proteção à criança e ao adolescente existe, entre outras finalidades, para articular ações e estratégias que viabilizem o retorno seguro do jovem abrigado ao convívio familiar no menor tempo necessário. Para isso, cada setor cumpre função específica dentro do segmento a que originalmente pertence.


Recursos:

Nesse contexto, cabe a CRSS, além de garantir aos abrigados acesso a equipamentos de saúde, tratamentos, serviços especializados e medicamentos, oferecer a todo o grupo familiar o suporte necessário para atendimento de suas demandas específicas. Essa linha de cuidado acontece de forma padronizada e integral, orientada por um fluxograma de atendimentos especificamente criado para esse público pela Supervisão de Santo Amaro e Cidade Ademar (modelo que acabara adotado como referência em todas as regiões da CRSS).


Resultados alcançados/Impactos:

As informações sobre adesão e resposta de cada família ao tratamento são reportadas pela CRSS à Vara da Infância e Juventude, que se utiliza desses e de outros dados resultantes do trabalho de articulação da rede para deliberar o futuro da criança ou adolescente acolhido.

Ao término das audiências concentradas (promovidas semestralmente), crianças e adolescentes cujos casos foram julgados seguem caminhos que variam: alguns são reintegrados à família de origem, outros encaminhados para cadastro de adoção. Apesar de trilharem rumos diferentes, todos compartilham o fato de contarem com o empenho integral de uma grande estrutura de rede – da qual a CRSS se orgulha de fazer parte – organizada para encontrar com celeridade soluções para cada situação de acolhimento institucional.

Para além do trabalho desenvolvido nos Saicas e nas audiências concentradas, estabeleceu-se um diálogo em constante aprimoramento por meio do qual a CRSS, quando requisitada pela Vara da Infância e Juventude, direciona aos territórios ações de atendimento preventivo a famílias em condição de vulnerabilidade social com o objetivo de evitar a institucionalização de outras crianças e adolescentes.


Desafios:

São corriqueiros, por exemplo, casos em que os responsáveis pela criança ou adolescente têm histórico de consumo abusivo de álcool e outras drogas ou algum tipo de transtorno mental. Dentro desse cenário, a CRSS emprega todos os dispositivos assistenciais de atenção psicossocial oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tentar promover a reabilitação do paciente.


Lições aprendidas:

O enfrentamento e superação dos problemas de cada criança e adolescente demanda que serviços distintos se integrem, a fim de atingir ações mais eficazes. Lado a lado, atuando em uma relação de horizontalidade e de propósitos mútuos, a CRSS constitui parte da grande estrutura de rede que engloba outros diversos órgãos, como as Secretarias Municipais de Assistência e Desenvolvimento Social, Habitação, Educação e Trabalho, o Conselho Tutelar, o Ministério Público, a Defensoria Pública e a Vara da Infância e Juventude.


Acesse o relato em texto completo:
Vídeos

Equipe


Responsável:
Lúcia Ferraz Correa

Filiação
Coordenadoria Regional de Saúde Sul
Cargo
Psicóloga
E-mail
xx@xx.xx


Membros:
Eliana Davini

Cargo
Psicóloga

Outras Informações


COLEÇÃO

Secretaria Municipal da Saúde (SMS-SP)

ÁREA TEMÁTICA

Não se aplica

Situação da experiência

Concluída

DATAS

Início: 2008-11-30
Fim: 2015-11-19

PAÍS

Brasil

ESTADO/REGIÃO

Sao Paulo

CIDADE

São Paulo

Local

Coordenadoria Regional de Saúde Sul.

POPULAÇÃO

Adolescente
Criança

IDIOMA

Português

Descritores

Criança Acolhida
Abrigo
Proteção da Criança
Saúde da Criança
Serviços de Saúde do Adolescente
Defesa da Criança e do Adolescente

Produtos, materiais e publicações

https://www.defensoria.sp.def.br/busca?q=crian%C3%A7a+adolescente&start=3064
https://pt.slideshare.net/escolamunicipaldesaude/sp-carinhosa-crs-sul
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/1789
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/836
https://www2.defensoria.sp.def.br/dpesp/Repositorio/33/Documentos/Res.%20Conjunta%20CNAS_Conanda%2015.12.2016.pdf
http://www.neca.org.br/wp-content/uploads/novos%20rumos%20do%20acolhimento.pdf
http://www.neca.org.br/images/Familias_Abrigadas_miolo.pdf
http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/dicivip_datain/ckfinder/userfiles/files/LIVRO_Levantamento%20Nacional_Final.pdf
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Plano_Defesa_CriancasAdolescentes%20.pdf
https://www.tjpe.jus.br/documents/72348/120725/DEFENSORIA+PUBLICA+SP_Recomenda%C3%A7%C3%B5es+audi%C3%AAncias+concentradas.pdf/7e707fd9-c838-42bc-918e-9688250ef0fd?version=1.0
https://www.anadep.org.br/wtksite/Manual_de_Orienta__o___Vers_o_Virtual.pdf
http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/consulta-publica/arquivos/1393133501.pdf
https://pesquisa.bvsalud.org/sms/resource/pt/lil-434820
https://pesquisa.bvsalud.org/sms/resource/pt/lil-746387
https://pesquisa.bvsalud.org/sms/resource/pt/lil-736068
https://pesquisa.bvsalud.org/sms/resource/pt/lil-590210
https://www.scielo.br/j/csc/a/gg7L9bMbJRjHSLLYXPwVXCM/?lang=en

Observações

RESUMO: Lúcia Ferraz Correa, interlocutora da Área Técnica de Atenção Integral à Saúde da Pessoa em Situação de Violência, e outros profissionais narram a experiência da Coordenadoria Regional de Saúde Sul (CRSS) com Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saicas) e a Vara da Infância e Juventude de Santo Amaro. Mais do que oferecer assistência médica aos abrigados, a CRSS trabalha de forma articulada com os demais órgãos que compõem a rede de atenção e proteção à criança e ao adolescente no enfrentamento de situações de vulnerabilidade.