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Relatos de Experiência

Dia do Morcego - Uma experiência que dá certo

Problema/Situação:

Os morcegos são animais estigmatizados e vistos de maneira muito negativa pela população, mas com grande importância ecológica, pois os morcegos possuem papel relevante na disseminação de sementes, polinização de flores e controle de insetos, além de uma interface na epidemiologia do vírus da raiva. Neste cenário, o evento Dia do Morcego é uma ferramenta educativa de grande valia para disseminação de informações sobre a biologia, comportamento e os riscos relacionados a transmissão do vírus da raiva, uma doença de grande relevância para a saúde pública. 

Ações educativas como o Dia do Morcego são oportunidades para a população conhecer mais sobre esses animais e se informar sobre quais serviços o setor de quirópteros do Núcleo de Laboratório da Fauna Sinantrópica da Divisão de Vigilância de Zoonoses/Coordenadoria de Vigilância em Saúde/Secretaria Municipal de Saúde (DVZ/COVISA/SMS), oferece à população em relação a vigilância e manejo de morcegos no município de São Paulo. A atividade principal é a coleta de morcegos caídos no chão ou em situação atípica para o comportamento do animal, mediante a solicitação realizada pelo munícipe através do 156. Além disso, orienta o manejo do ambiente para que pessoas e morcegos possam conviver pacificamente.


Objetivos/Resultado esperados:

O Dia do Morcego tem como objetivo sensibilizar, conscientizar e trabalhar conjuntamente as dúvidas e dificuldades de crianças e adultos sobre a biologia, comportamento e os inúmeros benefícios que os morcegos prestam à natureza e, consequentemente, a nós, informando também os riscos que eventualmente podem representar, pois estão envolvidos na epidemiologia da raiva, uma zoonose de grande importância para a saúde pública. 


Recursos:

Recurso humanos: técnicos e agentes do setor de Quirópteros e funcionários do DVZ, estagiários e alunos de universidades. 

Financeiros: materiais utilizados são adquiridos com doações e arrecadações voluntárias, além de recursos da DVZ. 

Materiais: papel pedra para confecção da caverna, taxidermia dos morcegos realizado no próprio setor, "Hall da fama" confeccionando no próprio setor com materiais existentes na unidade e outros adquiridos externamente, banners, maquete de residência demonstrando os possíveis abrigos dos morcegos, mesas e cadeiras. 

Infraestrutura: Nos parques municipais são utilizados locais com grande circulação de pessoas e com proteção da chuva. Na DVZ o evento é realizado no auditório. A estrutura do evento depende do espaço liberado para a realização do evento.


Resultados alcançados/Impactos:

A cada evento realizado, percebemos no público a ampliação do conhecimento sobres os morcegos, ou seja, as pessoas que participam da experiência chegam sem muitas informações sobre esses animais e se surpreendem com a diversidade de conhecimento que adquirem, impactando de forma positiva todo o trabalho que realizamos na preservação destes animais, enfocando sempre, além da relevância ambiental, o seu papel na transmissão do vírus da raiva. 


Desafios:

As principais dificuldades são a falta de recursos para aquisição de muitos materiais e local apropriado para a guarda de muitos objetos utilizados no evento, o que causou, ao longo do tempo, a deterioração e perda de muito deles. 

Importante também uma ampla rede de informação que divulgue o trabalho realizado pelo setor de quirópteros/Labfauna/DVZ, para que a população tenha conhecimento deste importante serviço em saúde pública, assim como uma divulgação abrangente sobre a atividade "DIA DO MORCEGO" para que o maior número de pessoas participe desta experiência e repassem o conhecimento adquirido aos amigos e familiares. 


Lições aprendidas:

Observamos no decorrer dos eventos a necessidade de utilização de uma linguagem que se adeque as diversas faixas etárias atendidas. 

Recomendamos aos interessados em replicar a experiência, iniciar com um projeto piloto, para que possam medir as dificuldades, perceber a aceitação do público e, se possível, avaliar a percepção que as pessoas tiveram do evento, para que seja possível alinhar os impasses observados com a possibilidade de enriquecer e melhorar a cada edição. 


Acesse o relato em texto completo:

Equipe


Responsável:
Adriana Ruckert da Rosa

Filiação
Divisão de Vigilância de Zoonoses
Cargo
Bióloga
E-mail
arosa@prefeitura.sp.gov.br
Telefone
(11) 2974-7808
ORCID

Débora Cardoso de Oliveira

Filiação
Divisão de Vigilância de Zoonoses
Cargo
Bióloga
E-mail
dcoliveira@prefeitura.sp.gov.br
Telefone
(11) 2974-7808
ORCID

Júlia Vono Alvarez Figueiredo

Filiação
Divisão de Vigilância de Zoonoses
Cargo
Coordenadora do Núcleo do Laboratório de Fauna Sinantrópica
E-mail
juliavono@prefeitura.sp.gov.br


Membros:
Júlia Vono Alvarez Figueiredo

Outras Informações


COLEÇÃO

Secretaria Municipal da Saúde (SMS-SP)

ÁREA TEMÁTICA

Não se aplica

Situação da experiência

Implementada e em operação regular

DATAS

Início: 2014-10-01

PAÍS

Brasil

ESTADO/REGIÃO

São Paulo

CIDADE

São Paulo

Local

O evento ocorre anualmente, geralmente na semana que abrange o dia 01 de outubro, data em que se comemora o Dia Internacional do Morcego, preferencialmente em parques, em função do fluxo de pessoas. Em 2014, o evento ocorreu no Parque da Independência; 2015 no Parque da Luz; 2016 no Parque do Ibirapuera; 2019 no CEU Jaçanã; 2022 a 2024 na Divisão de Vigilância em Zoonoses - DVZ São Paulo. 

POPULAÇÃO

Idoso
Adolescente
Adulto
Criança
Homens
Mulheres

IDIOMA

Português

Descritores

Quirópteros
Educação
Conservação dos Recursos Naturais

Palavras-chave

Morcegos
Conservação
Educação

Observações

Nos eventos de 2014 a 2016 contamos com a colaboração, tanto na montagem do circuito como na participação de cada espaço, de funcionários e estagiários do Setor de Quirópteros - LABFAUNA e do Núcleo de Vigilância, Prevenção e Controle de Sinantrópicos - NVSIN/DVZ, Núcleo de Gestão de Pessoas e Educação - NGPE/DVZ, UVIS Jaçanã, Secretaria do Verde e Meio Ambiente - SVMA, alunos do curso de Medicina Veterinária da UNIBAN e estagiários da UMAPAZ. Porém, nos anos de 2019 e 2022 a 2024, o número de colaboradores foi reduzido, e a atividade está sendo realizada com a participação de funcionários e estagiários do setor de Quirópteros.