Planejamento estratégico dentro de um modelo de gestão integrado - CRS Leste

Problema/Situação:

O projeto iniciou-se com a necessidade de reorganizar o processo de Planejamento Estratégico operacional na STS Ermelino e principalmente o acompanhamento das metas pactuadas e dos indicadores de saúde locais. 

Observa-se que o processo de Planejamento e as metas pactuadas não eram de conhecimento de toda a rede de serviços do território, que a organização ficava muito centrada nos gestores locais, sem a realização de um processo participativo com visão sistêmicas com pouca expressão dos trabalhadores e sem participação ativa da população. 

Existia a necessidade local de realizar um processo de Planejamento com ampla participação de todos os profissionais da rede e da população, buscando aumentar o conhecimento de todos e trazer para as discussões as realidades e necessidades do território 

Objetivos/Resultado esperados:

O objetivo principal foi desenvolver um modelo de trabalho mais participativo, considerando os determinantes e condicionantes de saúde de cada área de abrangência das unidades de saúde do território, com a possibilidade de desenvolver amplas discussões entre todos os componentes da rede de serviço. 

Como resultado, tivemos a organização de um planejamento “dinâmico”, de conhecimento de todos os envolvidos, com avaliações constantes dos indicadores elencados e revisões periódicas de todo o processo de trabalho; ampliação do conhecimento dos trabalhadores e usuários em relação ao planejamento local. 

Recursos:

Recursos utilizados foram os já disponibilizados na rede, materiais metodológicos para as oficinas, auditórios e espaços locais das próprias unidades municipais para a realização das oficinas, recursos de informática próprios; recursos humanos, trabalhadores das unidades de saúde e usuários do sistema. 

Resultados alcançados/Impactos:

A performance da rede de trabalhadores; 

O reconhecimento positivo dos conselhos gestores das unidades é da STS Ermelino Matarazzo;

Uniformidade do processo nos equipamentos da STS Ermelino Matarazzo; 

A apropriação das equipes dos indicadores do seu território;

As metas construídas e alcançadas parcialmente ou integralmente; 

O processo de acompanhamento da performance das unidades mais ativamente. 

Desafios:

Uma das maiores dificuldades foi à mudança no processo de trabalho e a compreensão de todos os envolvidos em relação à nova proposta; a mudança de cultura local, principalmente em relação aos trabalhadores e gestores locais que estavam acostumados com a execução de planejamentos já prontos. A inclusão e mobilização do usuário também foi um grande desafio. 

Outro desafio importante foi tentar trabalhar com os profissionais para que entendessem o planejamento não como mais uma atribuição e sim o processo de trabalho que busca facilitar a organização dos demais momentos.  

Os desafios estão sendo contornados através das ações de educação permanente no território, com conversas constantes sobre a importância do Planejamento estratégico e indicadores de saúde e não somente trabalhar a temática em momentos específicos. 

Lições aprendidas:

Acreditamos que a lição mais importante é que quando se constrói um planejamento participativo, ascendente, ouvindo todas as partes envolvidas, temos resultados com maior efetividade. 

Entre as sugestões podemos destacar a importância de incluir os diversos trabalhadores da rede e usuários nas discussões, ampliar o conhecimento de todos em relação à rede de serviços do território, perfil epidemiológico e social, indicadores de saúde; pois os profissionais com mais entendimento sobre a organização do sistema têm uma visão mais ampliada dos processos de trabalho.