UBS IAÇAPÉ - Construindo o saber - CRS Sudeste

Problema/Situação:

Diante do cenário de sífilis no munícipio de São Paulo, diante do cenário de sífilis no território de Vila Prudente/Sapopemba, analisando os dados numéricos e casos de sífilis apontados pela STS em comitê realizado no território, a UBS IAÇAPÉ realiza uma autoavaliação de sua atuação, avaliando os casos existentes e em acompanhamento pela equipe, além de uma revisão do protocolo de sífilis vigente no município.

Mediante a isso, realizado avaliação dos nós críticos identificados, apontamentos das falhas e lacunas vivenciadas na unidade, processo esse construído em ação conjunta com os membros da equipe da unidade.

Objetivos/Resultado esperados:

Principais objetivos visam a total aplicabilidade do protocolo de sífilis vigente, acompanhamento dos possíveis casos positivos, educação em saúde para os usuários que buscam o serviço, tratamento realizado de forma correta e eficiente visando cura dos casos positivos e redução de sífilis congênita.

Recursos:

Recursos humanos: toda a equipe, desde administrativa, enfermagem, farmácia e equipe médica. Insumos: testes rápidos, EPIs, medicamentos, insumos em geral. Material: folhas de sulfite entre outros. Equipamentos: PCs, notebook, data show. Infraestrutura: necessário recepção, consultório, farmácia, sala de medicação. Recurso financeiro: já existia fornecimento dos materiais e insumos utilizados.

Resultados alcançados/Impactos:

A unidade inicia sua autoavaliação em um cenário de: Sífilis Gestacional = 9; Sífilis Congênita = 5.

Após a avaliação dos nós críticos, aplicabilidade das ações, os resultados obtidos foram: Sífilis Gestacional = 33; Sífilis Congênita = 0.

De primeira avaliação podemos constatar um aumento no número de sífilis gestacional, pois ao conseguir captar essa mulher com queixa de atraso menstrual e realizar a testagem rápida, identificamos os casos positivos, tratamos e como consequência a redução para zero de casos de sífilis congênita. Alcançando assim a aplicabilidade do protocolo vigente, a educação em saúde para os casos onde o diagnóstico de gestação foi negativo porém a implementação da abordagem para ISTs e planejamento familiar.

Os impactos vivenciados são amplos, na equipe a autoavaliação faz com que a unidade reveja suas fragilidades além de reavaliar questões organizacionais, comunicação, segurança ao usuário, acesso, acompanhamento e aplicabilidade do protocolo.

Os impactos resultantes para os usuários é um serviço mais organizado, redução da sífilis congênita no território da unidade, abordagem de prevenção e educação em saúde, ampliação do acesso ao planejamento familiar, tratamento adequado, aplicabilidade do protocolo vigente, entre outros.

Desafios:

O processo de autoavaliação para alguns é duro, para outros é um processo mais natural, afinal se identifica as fragilidades da atuação profissional.

No geral a equipe aceitou muito bem o desafio, afinal os resultados obtidos foram muito satisfatórios.

Houve melhor integração e comunicação entre os profissionais, já que no atendimento desta mulher muitos setores estão envolvidos.

Lições aprendidas:

As lições são: é necessário identificar os nós críticos, sem a identificação não conseguimos mudar algo.

A autoavaliação faz a equipe crescer!

É necessário ação conjunta, muitos setores são envolvidos em apenas um atendimento, a conscientização e empenho dos profissionais é necessária.

Treinamentos quantas vezes forem necessários, boa abordagem, linguagem clara, assertiva e coerente ao cenário de execução.

“Quando se trabalha com uma verdadeira equipe, não há obstáculo que não seja superado nem sucesso que não seja alcançado.” Mário Sérgio Cortella